As matas da região do Rio Parnaíba abrigam uma ave preciosa, o Barbudo-rajado-pequeno (Malacoptila minor), uma espécie muito carismática, porém ameaçada de extinção e com distribuição bastante restrita à região. Ele divide habitat com uma espécie recém-descoberta, um minúsculo representante do gênero Myiornis, que ainda não foi descrito cientificamente, mas é conhecido localmente como 'Grilinho', veja as fotos!
    A região também abriga uma das três populações disjuntas do Chorozinho-de-papo-preto (Herpsilochmus pectoralis). Outras aves de distribuição restrita que podem ser encontradas na região são o Chupa-dente-de-capuz (Conopophaga roberti), o Rabo-branco-do-maranhão (Phaethornis maranhaoensis) e o Aracuã-de-sobrancelhas (Ortalis superciliaris).

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   As áreas de florestas semidecíduas foram formadas por variações climáticas pré-históricas e abrigam muitas espécies amazônicas, incluindo uma população surpreendentemente abundante do raro Jacu-estalo (Neomorphus geoffroyi). A subespécie local, "amazonicus", é bastante distinta de outras da espécie, possuindo o ventre branco, uma larga faixa peitoral e olhos incrivelmente penetrantes (veja as fotos!). Podemos encontrá-lo alimentando-se sobre as formigas de correição junto com outras espécies, como o Papa-taoca-de-belém (Pyriglena leuconota), o Vira-folha-de-peito-vermelho (Sclerurus macconnelli) e a Pipira-da-taoca (Eucometis penicillata).

 

   Em alguns locais próximos a Caxias encontramos lindas savanas (campo-sujo), onde podemos observar o Mineirinho (Charitospiza eucosma), o elegante Campainha-azul (Porphyrospiza caerulescens) e o ameaçado Arapaçu-do-nordeste (Xiphocolaptes falcirostris).

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   Muitas "ilhas" de bambuzais estão presentes no meio do cerrado, onde ocorrem espécies dependentes desse tipo de ambiente, como o Negrinho-do-mato (Amaurospiza moesta) e o Pica-pau-da-taboca (Celeus obrieni).

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    Perto de pequenos riachos, ergue-se uma grande mata de galeria, onde a longas distâncias podemos ouvir o martelar da Araponga-do-nordeste (Procnias averano), uma ave muito singular.
  No chão sombreado destas matas encontramos a Galinha-do-mato (Formicarius colma) e o Uru-corcovado (Odontophorus gujanensis) enquanto o Furriel-do-norte (Caryothraustes canadensis) e o Tangará-príncipe (Chiroxiphia pareola) forrageiam pelo sub-bosque.

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